galeria marcelo guarnieri | são paulo
abertura/opening
29.10.2016 / 14h – 18h
October 29, 2016 / 2 – 6pm
período de visitação/exhibition
29.10 – 26.11.2016
Alameda Lorena, 1966
São Paulo – Brasil
[ mapa/map ]
obverso // reverso
A Galeria Marcelo Guarnieri apresenta a primeira exposição individual do artista Pedro Hurpia em sua unidade de São Paulo. A mostra, composta por fotografias, vídeos, desenhos, esculturas e instalações, investiga as noções de deslocamento e colapso – tanto da terra quanto do próprio meio fotográfico – e através de diversos dispositivos procura representar os fenômenos naturais que são percebidos pelo homem apenas quando emergem à superfície ou quando o corpo é impactado de forma direta: terremotos, deslizamentos de terras, ondas sonoras.
Os trabalhos tratam da duplicidade e lados opostos da superfície da imagem. Tomando as imagens estereoscópicas como fio condutor, a paisagem é desmembrada em sentidos e estruturas complexas, dissolvendo-se entre mundo real e imaginário.
A questão da duplicidade, oriunda principalmente das imagens estereoscópicas, em que a análise de duas imagens concomitantemente cria uma terceira diferente das duas outras, é uma constante na atual mostra – imagem real / ícones; verso / inverso; sobreposições / lados opostos. Por vezes, há também a mesma imagem sendo apresentada em momentos diferentes de sua existência, ora a gradação tonal é alterada e ora o deslizamento de pedras revela algo inicialmente inacessível. Os objetos e imagens nos remetem a estratos geológicos da terra, em que camadas sobrepostas marcam diferentes momentos de um mesmo solo.
Fragmentos de paisagens estrategicamente associados a dispositivos, ora reais, ora criados pelo artista, são expostos de forma a revelar ao espectador as vivências e pensamentos do artista sobre a espacialidade em contraponto com fenômenos geológicos.
A produção de Hurpia nos remete aos artistas-pintores-viajantes e o material bruto usado em seus projetos foi captado em diferentes regiões e contextos. São fotografias que ao primeiro olhar nos faz pensar em pinturas, objetos com ares analógicos de onde saem filmes digitais, e esculturas com diversas camadas de cimento que parecem flutuar pelo espaço expositivo da mostra.
Pedro Hurpia
1976 – Brasília, Brasil
Vive e trabalha em Campinas e São Paulo, Brasil.
É mestre em Artes Visuais pela Unicamp.
Recentemente lançou o livro-de-artista “Deslizes”, contemplado no edital ProAC. Participou das residências SÌM | Samband Íslenskra Myndlistarmanna – Reykjavík (Islândia); LabMIS – Museu da Imagem e Som | Residência em Fotografia 2013/2014 – São Paulo (Brasil) e Nuvem | Estação Rural de Arte e Tecnología – Visc. de Mauá (Brasil).
Dentre as exposições, destacam-se as realizadas nos espaços: Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto-Brasil); Galeria da PUCC (Campinas-SP); MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto-Brasil); Galeria Marcelo Guarnieri (Ribeirão Preto-Brasil); Ateliê Aberto (Campinas-Brasil); Casa das Onze Janelas (Belém-Brasil); SESC Pompéia (São Paulo-Brasil); MACC – Museu de Arte Contemporânea (Campinas-Brasil)
obverso // reverso
Galeria Marcelo Guarnieri presents the first solo exhibition of the artist Pedro Hurpia in its São Paulo’s unit. The exhibition, which consists of photographs, videos, drawings, sculptures and installations, investigates the notions of displacement and collapse – both of the land and the photographic medium itself – and by means of several devices tries to represent natural phenomena that are only perceived by man when they emerge to surface, or when the body is directly impacted: earthquakes, landslides, sound waves.
Hurpia’s works deal with the duplicity and the opposite sides of the image surface. Taking the stereoscopic images as a guideline, the landscape is broken into complex senses and structures, dissolving themselves between the real and the imaginary world.
The matter of duplicity, mainly originated from the stereoscopic images, in which the simultaneous analysis of two images creates a third image different from the two others, is a constant theme in the current show – real image / icons; back / reverse; overlays / opposite sides. Sometimes there are the same image being displayed at different moments of their existence: a change on the tonal gradation, a sliding stone that reveals something initially inaccessible. The objects and images may refer to the geological strata of the earth, where overlapping layers mark different times of the same soil.
Landscapes fragments strategically associated with devices, sometimes real, sometimes created by the artist, are exposed in order to reveal to the viewer experiences and thoughts of the artist regarding spatiality versus geological phenomena.
The production Hurpia takes us back to the artists-painters-travelers and the raw material used in his projects were captured in different regions and contexts. There are pictures that at first glance makes us think of paintings; objects with an analog appearance from where we can see digital films, and finally sculptures with several layers of cement that seem to float by the exhibition space of the show.
Pedro Hurpia
1976 – Brasília, Brazil
Lives and works in Campinas and São Paulo, Brazil
Master’s degree in Visual Arts by Unicamp
Recently launched the artist book “Deslizes“, contemplated on the ProAC call. Participated in the residences SÌM | Samband Íslenskra Myndlistarmanna – Reykjavík, Iceland; LabMIS – Museu da Imagem e Som | Photography Residency 2013/2014 – Sao Paulo, Brazil and Nuvem | Estação Rural de Arte e Tecnología – Visc. de Mauá (Brazil).
Pedro shown at Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto-Brazil); Galeria da PUCC (Campinas-SP); MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto-Brazil); Galeria Marcelo Guarnieri (Ribeirão Preto-Brazil); Ateliê Aberto (Campinas-Brazil); Casa das Onze Janelas (Belém-Brazil); SESC Pompéia (São Paulo-Brazil); MACC – Museu de Arte Contemporânea (Campinas-Brazil)