PIERRE VERGER + NOVO ESPAÇO (NEW LOCATION) RIO DE JANEIRO

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galeria marcelo guarnieri | rio de janeiro

abertura/opening
30.04.2016 / 11h – 17h
April 30, 2016 / 11am – 5pm

período de visitação/exhibition
30.04 – 11.06.2016


Rua Teixeira de Melo, 31 – lojas C/D
Ipanema – Rio de Janeiro – Brasil
[ mapa/map ]


A Galeria Marcelo Guarnieri (Rio de Janeiro) apresenta a exposição individual do fotógrafo franco-brasileiro Pierre Verger (1902-1996). Após editar em 2015 duas exposições do fotógrafo – uma na unidade de São Paulo e uma segunda na unidade de Ribeirão Preto – a galeria volta a exibir os trabalhos na inauguração de seu novo espaço na cidade do Rio de Janeiro. Com esse método, a galeria cria um arco histórico que acompanha a produção do artista por um período mais estendido, tentando entender cada época e contexto e fazendo com que o material circule por diferentes cidades.

Para a mostra do Rio, a galeria apresenta um recorte dividido em 3 blocos. Um deles é dedicado apenas aos registros com foco em apetrechos musicais clicados em países da América Latina e África – essas imagens foram exibidas em conjunto pela primeira vez no Museu de Arte Moderna da Bahia em 1992 e mostram tambores, instrumentos de sopro e cordas usados em rituais e celebrações. Na época, a mostra foi organizada em comemoração aos 90 anos do fotógrafo.

O outro conjunto apresenta uma série de imagens selecionadas pelos editores da Revue Noire (Jean Loup Pivin e Pascal Martin Saint Léon) e pelo próprio fotógrafo, tais imagens deram origem ao livro e a exposição Pierre Verger – Le messager, editados para o Musée de l’Elysée, Lausanne, Suíça (1993) e Musée National des Arts d’Afrique et d’Océanie, Paris, França (1994). As mostras recolocaram Verger no cenário da fotografia em seu país de origem. O fotógrafo esteve presente na abertura da exposição em Paris, e a Revue Noire conseguiu que ele assinasse uma certa quantidade de cópias, o que não era uma prática comum na trajetória do fotógrafo. O que realmente importava para Verger – ao contrário de muitos fotógrafos – eram seus negativos, por representarem suas memórias.

Por fim, o último bloco da exposição apresenta um grupo de fotografias ampliadas em diferentes períodos de sua trajetória – a partir da década de 1930. Entre elas uma vista panorâmica de Pequim; cenas urbanas de Nova York, Mali, Peru, Bolívia, Brasil e França e imagens de rituais no Benim.

A exposição não traça apenas um caminho dentro da pesquisa fotográfica de Pierre Verger, mas apresenta fragmentos e pistas da vasta investigação do artista. Não há apenas um ponto de convergência entre as imagens e sim múltiplos interesses: a força do trabalho e a preguiça como resistência; a diáspora e seus fluxos e retornos; o transe, o ritual e as religiões de matriz africana; o indivíduo e o corpo coletivo; as festas e o desconhecido.


Galeria Marcelo Guarnieri (Rio de Janeiro) presents the solo exhibition of the French-Brazilian photographer Pierre Verger (1902-1996). After editing, in 2015, two Verger’s exhibitions – one in São Paulo’s space and a second one in Ribeirão Preto’s – the gallery displays his works once again at the opening of its new location in the city of Rio de Janeiro. With this method, the gallery creates a historical arc that follows the artist’s production for a more extended period, trying to understand each stage and context and taking the material to circulate through different cities.

In Rio’s exhibition, the gallery presents a fraction of Verger’s work divided into 3 blocks. The first one is dedicated only to records focused on musical accoutrements that were clicked in Latin America and Africa – these images were displayed for the first time together at the Museu de Arte Moderna da Bahia in 1992 and show drums, wind and string instruments used in rituals and celebrations. At the time, the exhibition was organized to celebrate the photographer’s 90th birthday.

The other set features a series of images selected by the editors of Revue Noire (Jean Loup Pivin and Pascal Martin Saint Léon) and the photographer himself. Such images originated the book and the exhibition “Pierre Verger – Le Messager”, edited to the Musée de l ‘Elysée, Lausanne, Switzerland (1993) and the Musée National des Arts d’Afrique et d’Océanie, Paris, France (1994).

Those exhibitions placed Verger back in the shooting scene in his own home country. The photographer was present at the exhibition opening in Paris, and Revue Noire got him to sign a certain number of copies of his photos, what was not a common practice in his trajectory. What really mattered to Verger – unlike many photographers – were his negatives, because they represent his memories.

Finally, the last block of the exhibition presents a group of enlarged photographs from different periods of Verger’s history – starting from the 1930’s . These include a panoramic view of Beijing; urban scenes of New York, Mali, Peru, Bolivia, Brazil and France; rituals pictures in Benin.

The exhibition not only traces a path into Pierre Verger’s photographic research, but presents fragments and clues of the artist’s vast investigation. There’s not just a point of convergence between the images but multiple interests: the strength of work and laziness as resistance; the diaspora and its flows and returns; the trance, ritual and religions of African origin; the individual and the collective body; the parties and the unknown.

gmc_aliceshintaniPIERRE VERGER + NOVO ESPAÇO (NEW LOCATION) RIO DE JANEIRO